Publicada em 15/10/2025, 14:38:54
Publicada em
15/10/2025, 14:38:54
Portaria contra uso do fogo reduz queimadas no Piauí e é novamente prorrogada
Em um ano de seca histórica e de ventos que transformam qualquer fagulha em ameaça, o Piauí conseguiu algo raro: frear o avanço das queimadas. A portaria que proíbe o uso do fogo no estado, editada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), mostrou resultados concretos e agora deve ser prorrogada pela segunda vez.

Os números explicam o motivo da decisão. No primeiro mês de vigência da portaria, as queimadas caíram 23,3% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo mês, a queda foi mais modesta, de 5%, mas ainda assim expressiva diante de um cenário climático adverso. Mesmo com a estiagem prolongada e o calor extremo, o estado conseguiu conter parte do fogo que costuma devorar a caatinga nesta época do ano.
De janeiro até agora, o Piauí já registrou pouco mais de sete mil focos de calor — praticamente o mesmo número observado no mesmo período de 2024. A diferença é que, desta vez, as chamas não avançaram com a mesma intensidade, graças à combinação entre a portaria e o trabalho das brigadas municipais formadas pela Semarh.
Essas equipes, treinadas e equipadas para agir rapidamente, têm atuado antes que os incêndios se alastrem. “A eficácia do instrumento normativo ficou evidente. Mesmo com condições meteorológicas desfavoráveis, tivemos dois meses consecutivos de queda nos incêndios florestais”, destacou a direção da secretaria.
De janeiro até agora, o Piauí já registrou pouco mais de sete mil focos de calor — praticamente o mesmo número observado no mesmo período de 2024. A diferença é que, desta vez, as chamas não avançaram com a mesma intensidade, graças à combinação entre a portaria e o trabalho das brigadas municipais formadas pela Semarh.
Essas equipes, treinadas e equipadas para agir rapidamente, têm atuado antes que os incêndios se alastrem. “A eficácia do instrumento normativo ficou evidente. Mesmo com condições meteorológicas desfavoráveis, tivemos dois meses consecutivos de queda nos incêndios florestais”, destacou a direção da secretaria.

Secretário de Meio Ambiente apresentou relatório do monitoriamento das queimadas.
A decisão de prorrogar a portaria se apoia também em uma análise técnica da Sala de Situação da Semarh. O monitoramento climático indica que, embora as chuvas devam começar a cair no sudoeste do estado nas próximas semanas — justamente a região mais atingida pelos incêndios —, o volume ainda ficará abaixo da média. O risco, portanto, permanece alto.
Para o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, o resultado reflete uma mudança de postura da sociedade e o fortalecimento da gestão ambiental. “O Piauí está aprendendo a lidar melhor com o fogo. Hoje temos brigadas capacitadas, municípios integrados e uma população mais consciente. Ainda há desafios, mas o mais importante é que o Estado não está mais reagindo ao problema — está se antecipando a ele”, afirmou.
O objetivo é manter sob controle o que o fogo insiste em descontrolar. Se as previsões se confirmarem e as chuvas ganharem força apenas em dezembro, a portaria pode ser revista. Até lá, o Piauí segue em alerta — um estado que aprendeu, com suor e cinzas, que prevenir continua sendo melhor que apagar.
Para o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, o resultado reflete uma mudança de postura da sociedade e o fortalecimento da gestão ambiental. “O Piauí está aprendendo a lidar melhor com o fogo. Hoje temos brigadas capacitadas, municípios integrados e uma população mais consciente. Ainda há desafios, mas o mais importante é que o Estado não está mais reagindo ao problema — está se antecipando a ele”, afirmou.
O objetivo é manter sob controle o que o fogo insiste em descontrolar. Se as previsões se confirmarem e as chuvas ganharem força apenas em dezembro, a portaria pode ser revista. Até lá, o Piauí segue em alerta — um estado que aprendeu, com suor e cinzas, que prevenir continua sendo melhor que apagar.