Publicada em 04/11/2025, 16:56:44
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04/11/2025, 16:56:44
Entre cinzas e esperança: o cuidado do CETAS com os animais vítimas das queimadas no Piauí
As chamas que consomem o cerrado e a caatinga do Piauí deixam marcas que vão muito além da vegetação destruída. Elas atingem também os seres que habitam essas áreas, vítimas silenciosas dos incêndios que, ano após ano, desafiam a resistência da fauna silvestre. No Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), mantido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), esse sofrimento encontra abrigo, cuidado e, muitas vezes, uma nova chance de vida.

Atualmente, cinco animais resgatados durante e após as queimadas deste ano estão sob cuidados intensivos: um filhote de gato-mourisco, um filhote de gato-palheiro, dois jabutis e uma jovem onça-parda que se tornou símbolo de sobrevivência, “Nazaré”, como foi carinhosamente batizada em votação popular. A oncinha juvenil chegou debilitada, desnutrida e assustada.
“Quando ela chegou, pesava bem menos do que o ideal e demonstrava sinais claros de exaustão e fome”, conta Danielle Melo, gerente de Fauna e Proteção Animal da Semarh. “Hoje já conseguimos ver nela o brilho de quem está se recuperando. É um trabalho diário, que exige paciência, técnica e muito afeto.”
O CETAS funciona como um hospital e um centro de reabilitação, onde veterinários e biólogos atuam para devolver à natureza animais que perderam o rumo após o fogo. Em muitos casos, a reintrodução leva tempo, e nem sempre é possível. “O ideal é que todos possam retornar ao habitat natural, mas alguns, por causa das sequelas, acabam permanecendo sob nossa tutela por mais tempo”, explica Danielle.
“Quando ela chegou, pesava bem menos do que o ideal e demonstrava sinais claros de exaustão e fome”, conta Danielle Melo, gerente de Fauna e Proteção Animal da Semarh. “Hoje já conseguimos ver nela o brilho de quem está se recuperando. É um trabalho diário, que exige paciência, técnica e muito afeto.”
O CETAS funciona como um hospital e um centro de reabilitação, onde veterinários e biólogos atuam para devolver à natureza animais que perderam o rumo após o fogo. Em muitos casos, a reintrodução leva tempo, e nem sempre é possível. “O ideal é que todos possam retornar ao habitat natural, mas alguns, por causa das sequelas, acabam permanecendo sob nossa tutela por mais tempo”, explica Danielle.

CETAS funciona como um hospital e um centro de reabilitação.
Entre os casos mais delicados deste ano está o de um coandu, pequeno roedor de hábitos noturnos, que chegou ao centro após ser encontrado gravemente ferido em uma área de queimada. “Infelizmente, ele não resistiu. O corpo dele já mostrava os efeitos da fumaça, fogo e da desidratação. Cada perda como essa é um alerta sobre a urgência de prevenir os incêndios, e não apenas combatê-los”, lamenta Danielle.
O trabalho do CETAS é, ao mesmo tempo, técnico e profundamente humano. A estrutura do centro em Teresina, é especializada em triagem, tratamento e reabilitação de animais silvestres. Atualmente, quase 200 animais estão no local passando por algum tipo de reabilitação para retornar à natureza, maioria vítima de maus tratos e regatadas de tráfico.
Cada resgate é um gesto de resistência contra a destruição do bioma. Cada animal salvo é um lembrete de que o meio ambiente é uma rede viva — e que toda vida, por menor que pareça, importa. “O que fazemos aqui é devolver dignidade. Esses animais não escolheram estar no fogo, mas nós podemos escolher cuidar deles com responsabilidade”, reforça a gerente.
Enquanto Nazaré se fortalece e os outros animais recebem tratamento, o CETAS segue sua rotina silenciosa e essencial: salvar o que o fogo tenta apagar, reafirmando seu o compromisso com a vida.
O trabalho do CETAS é, ao mesmo tempo, técnico e profundamente humano. A estrutura do centro em Teresina, é especializada em triagem, tratamento e reabilitação de animais silvestres. Atualmente, quase 200 animais estão no local passando por algum tipo de reabilitação para retornar à natureza, maioria vítima de maus tratos e regatadas de tráfico.
Cada resgate é um gesto de resistência contra a destruição do bioma. Cada animal salvo é um lembrete de que o meio ambiente é uma rede viva — e que toda vida, por menor que pareça, importa. “O que fazemos aqui é devolver dignidade. Esses animais não escolheram estar no fogo, mas nós podemos escolher cuidar deles com responsabilidade”, reforça a gerente.
Enquanto Nazaré se fortalece e os outros animais recebem tratamento, o CETAS segue sua rotina silenciosa e essencial: salvar o que o fogo tenta apagar, reafirmando seu o compromisso com a vida.

CETAS funciona como um hospital e um centro de reabilitação.

CETAS funciona como um hospital e um centro de reabilitação.