O trabalho integra prefeituras e especialistas em recuperação ambiental, com foco na segurança hídrica e na revitalização de ecossistemas. Um dos exemplos é a nascente Galiota, em Ribeiro Gonçalves, no extremo sul do Piauí, onde já foram realizados levantamentos técnicos para orientar ações de recuperação.

Segundo o diretor de Recursos Hídricos da Semarh, Felipe Gomes, o esforço é contínuo. “Estamos elaborando e aprimorando o diagnóstico das nascentes degradadas e prioritárias para conservação. A partir desses levantamentos, nossa equipe junto a especialistas desenvolve os projetos de recuperação, que serão expandidos para outros municípios à medida que avançarmos nos estudos”, explicou o gestor.


As ações da Semarh vão além da preservação das nascentes. O órgão mantém também o repovoamento dos rios com espécies nativas, fortalecendo a biodiversidade e garantindo que comunidades ribeirinhas continuem a ter alimento e renda.

Somente em 2025, já foram soltos mais de 1,6 milhão de pós-larvas e alevinos em 14 municípios piauienses. Entre eles, Barro Duro (20 mil), Água Branca (130 mil), São Pedro do Piauí (75 mil), Angical do Piauí (10 mil), Joaquim Pires (100 mil), Piracuruca (200 mil), Luís Correia (200 mil), Gilbués (120 mil), Barreiras do Piauí (120 mil), Parnaguá (120 mil), Curimatá (120 mil) e Patos (100 mil), Paulistana (100 mil) e Conceição do Canindé (100 mil).

Para o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, o conjunto das iniciativas reafirma a posição do Piauí como referência em cuidado ambiental. “Estamos iniciando um processo que vai além do diagnóstico. Queremos revitalizar nascentes, garantir água para as comunidades e proteger o meio ambiente. Esse é um compromisso de governo que se estenderá a todo o estado”, destacou o gestor.

Ele ressalta ainda que o repovoamento dos rios com peixes nativos é parte essencial dessa estratégia. “Não basta apenas monitorar. Precisamos devolver vida aos nossos rios. O repovoamento garante equilíbrio ecológico, segurança alimentar e renda para as famílias que dependem da pesca. Estamos cuidando hoje para que futuras gerações possam ter rios saudáveis e produtivos”, completou o gestor.

Com o fortalecimento da rede de monitoramento e conservação hídrica, o Piauí dá um passo sólido para transformar proteção ambiental em política pública permanente. No Dia Mundial dos Rios, o estado reafirma que cuidar das águas significa garantir não apenas equilíbrio ambiental, mas também comunidades mais fortes e sustentáveis.